Preso acusado de estupro, pastor promete fazer milagres; veja vídeo
O pastor Paulo Roberto Alves diz que se divorciou da mulher, afirma que agora mora sozinho e que encontrou paz. “Se preparem porque vocês nunca viram tanto milagre quanto vocês vão ver nas minhas viagens em breve”
O pastor Paulo Roberto Alves, de 52 anos, ex-líder da Igreja Assembleia de Deus em Cuiabá, preso em abril deste ano pelo estupro de uma menina de 11 anos e uma adolescente de 16 anos, gravou um vídeo dois meses após deixar a cadeia, dizendo que é inocente e prometendo que vai operar muitos milagres em viagens que pretende fazer.
Logo no começo do vídeo, ele diz que se divorciou da mulher, afirma que agora mora sozinho e que encontrou paz. Ele explica que decidiu fazer a gravação em agradecimento às mensagens de apoio e carinho que recebeu de milhares de pessoas de todo o mundo.
“Acordei agora, tirei meu tempo de oração e fiquei preocupado, porque a repercussão, tudo bem, ontem no templo sede, retornando para a igreja mãe, eu não sabia que o carinho da igreja, do ministério, seria tão grande, tanta gente chorando e me abraçando”, disse ele.
Em outro momento ele explica que o vídeo foi uma alternativa encontrada para responder às centenas de mensagens recebidas.
“Não é desdenho da minha parte, mas só agora recebi mais de 180 mensagens enquanto fui ali pentear o cabelo. Então não tem como responder. Este vídeo é para responder a todos”, afirmou o pastor.
Em outro momento o pastor volta a se defender e diz que tem recebido o apoio de pessoas de outros países.
“Eu não tive saída depois de tanta luta, nesta última luta que passei aí, vocês viram, foi provada a inocência, todos os exames deram negativo, mas dispensa tecer comentários. Eu sempre apareço nas redes sociais para falar de coisas benéficas, mas eu quero só justificar que é impossível, eu não tenho como responder 39 países. No Brasil, o país inteiro parabenizando”, falou o pastor na gravação. Ele também disse que planeja iniciar viagens pelo Brasil em breve, pois por enquanto, a pedido do pastor presidente da igreja onde ele agora congrega, a Assembleia de Deus, ministério Belém, ele precisará esperar 90 dias em Cuiabá para então começar a viajar.
Em seguida, Paulo Roberto também confirmou o seu divórcio, que já havia sido anunciado por sua ex-esposa quando ele ainda estava preso. “Agora, pautado com documento na mão, eu posso anunciar o divórcio. A senhora Iasmim [ex-esposa] enquanto eu estava preso já tinha anunciado publicamente o divórcio. Eu sai tem dois meses e a senhora Iasmim nunca me procurou ainda, mas Glória a Deus”, disse ele.
Ao final, o pastor diz que vai fazer muitas viagens e realizar milagres.
“Se preparem porque vocês nunca viram tanto milagre quanto vocês vão ver nas minhas viagens em breve” confirma ele.
O caso
No dia 12 de abril, policiais militares estavam em rondas quando viram duas garotas – A.N.A.S., de 11 anos, e C.A.S., 16 anos – sendo deixadas pelo pastor em um matagal na Avenida das Torres, próximo ao Jardim Itália, em Cuiabá.
O pastor fugiu ao perceber que estava sendo monitorado pela Polícia Militar. Ao serem questionadas pelos militares, as meninas confirmaram que conheciam Paulo e que saíram com ele para manter relação sexual em troca de dinheiro.
O pastor, que já foi candidato a vice-prefeito por Cuiabá, foi acusado de estuprar as garotas que teriam recebido R$ 150 pelo programa.
A adolescente de 16 anos ainda relatou que, após ter visto a viatura, ele ligou para ela oferecendo mais R$ 200 para que o ocorrido não fosse relatado.
Ele foi detido e encaminhado para a Central de Flagrantes, onde foi reconhecido pelas vítimas. O pastor passou por uma audiência de custódia no Fórum da Capital onde teve a prisão preventiva decretada.
Ele foi solto no dia 11 de outubro quando a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso lhe concedeu liberdade.
Durante todo o processo o pastor sempre alegou inocência e se dizia perseguido pela igreja e que tudo era armação contra ele.
Veja o vídeo
Fonte Reportermt